O Lakers parece ter finalmente fechado seu elenco, exceto pela 15ª vaga que, como é de costume, o time deixa em aberto para o mercado de buyouts, posteriormente na temporada.
Um ano depois da off-season mais sem esperança da história recente do Los Angeles Lakers, o elenco tem forma, coerência e profundidade. Um trabalho excelente de Rob Pelinka, para consertar o próprio erro de dois anos atrás.
Enquanto muitas variáveis como saúde, potencial, desempenho, comprometimento e esquema tático flutuam na cabeça do torcedor, um elenco recheado de jogadores competentes para rotação de um time de NBA - coisa que há duas temporadas era um cenário distante - sempre levanta a famosa "briga saudável" pelas posições no time.
Hoje falaremos dos armadores.
Point Guard
Num time com um LeBron James cada vez mais longe de ser a estrela que destrói times do perímetro para o garrafão, e sim um que disseca o adversário mais próximo da cesta, quanto mais iniciadores de jogadas que sabem driblar, passar e arremessar, melhor. D'lo faz tudo isso com qualidade e segurança. Vimos a melhora que ele trouxe ao time, logo que a troca aconteceu, trazendo dinâmica para o perímetro junto com Austin que, assim como o nosso Quico, tem o mesmo pacote de habilidades que complementam tão bem as estrelas no ataque.
O controverso Ice in My Knees é o melhor armador de ofício que o Lakers tem, apesar de a posição hoje ser muito mais dinâmica, aspecto no qual o nosso Quico se encaixa. A última impressão foi das piores possíveis: DeusAngelo foi alvo na defesa, explorado nos rebotes, não conseguiu criar pra si e nem para os outros em sua capacidade, até ser removido do time titular, dando lugar ao Dennis Pimentinha, no fatídico jogo da varrida. E não nos enganemos, a última impressão pode ser tão prejudicial quanto a primeira, ainda mais quando é tão negativa.
Talvez não haja otimista que convença que ele pode se manter em quadra em jogos de Playoffs, defensivamente, mas é um jogador que mostrou que pode ser competitivo, dependendo do confronto e de quão empenhado em competir ele está. E claro, que não tenha um Bruce Brown no time adversário.
Na reserva - ou ao menos é o que pensamos agora - vem Gabe Vincent. A adição mais surpreendente da FA, o armador titular da campanha até as finais do Miami Heat, vem para substituir Dennis Schroder como armador reserva - apesar de noticiado que vai brigar por vaga de titular. Embora não ofereça a mesma velocidade, tenacidade e defesa que o alemão, Gabe Vincent dá uma camada a mais de dinâmica ofensiva ao time, principalmente por seu arremesso. As porcentagens não são nada que saltem aos olhos - pode-se até considerar que é ineficiente (40% FG e 33% 3-pt FG na última temporada) - no entanto é um arremessador ousado, pode arrumar o seu saindo do drible, tem recursos para arremessar saindo do P&R, pode ser um spot-up shooter, arremessa do mid-range e sabe armar o time. Além disso, e talvez mais importante, é um jogador testado nos mais altos níveis de competitividade da NBA, onde armava o time complementava as estrelas no time da Flórida. Isso pode ser muito importante pro Lakers que perdeu no Pimentinha um jogador que, nos momentos decisivos, sempre estava em quadra.
Shooting Guard
Hoje o terceiro melhor jogador do Lakers é Austin Reaves. Se foi surpresa para os que entortavam o nariz para o garoto fechando jogos pela seleção americana, enquanto jogadores mais tarimbados e de nome assistiam do banco, para nós, não. Se LeBron James te deixa iniciar e finalizar jogadas em jogos apertados de Playoffs, você está fazendo a coisa certa.
Conhecemos o jogo de Reaves e o que ele traz ao time, ainda mais que parece estar mais confiante em seu arremesso do que nunca. Veremos até onde as limitações atléticas e ser alvo do ataque adversário vão limitar seu jogo ofensivo. A titularidade pra ele, hoje, é incontestável. Vamos parar com os superlativos e deixar o garoto em seu terceiro ano jogar.
Na reserva, onde ano passado tínhamos jogadores mais voltados à área ofensiva, como Malik Beasley e Lonnie Walker, os ala-armadores reservas do Lakers 23-24 tem um perfil diferente, mais incerto e com mais potencial. Max Christie, que como novato teve oportunidades com Darvin Ham, ainda que cru ofensivamente, mostrou responsabilidade defensiva e melhorou a mecânica de arremesso. Na Summer League deste ano, mostrou um salto que se espera de um jogador de segundo ano na competição: foi o iniciador primário de jogadas, mostrou que seu arremesso está mais rápido, recursos ofensivos, um salto atlético e mais força. É de se esperar que o entusiasmo defensivo esteja lá - já repararam como ele frequentemente defende com o braço esticado pra cima? Estilo 2K - ainda mais que este ano é, essencialmente, ano de contrato para o garoto.
A outra opção, escrita nas estrelas há umas três temporadas, é Cam Reddish. O talentoso ala-armador / ala passa por seu quarto time em 5 anos de NBA. Enquanto isso pode ser um grande alerta para o Lakers, quanto ao comprometimento, espírito de equipe e capacidade do jogador, as situações em que ele jogou também não foram muito facilitadoras pra o desenvolvimento. Em Atlanta, somente em sua temporada de rookie teve considerável quantidade de jogos (58), mas lesões minaram seu segundo ano e, na seguinte, foi trocado para o Knicks de Thibs, que não o queria. Perdeu espaço mesmo jogando bem, e então mais lesões, até vir a troca na temporada passada, para o Blazers, um dos piores times da conferência, em meio a uma temporada protagonizada pelas lesões de Damian Lillard e a incerteza do futuro na franquia. Talento é inegável, e o Lakers teve histórias de redenção para jogadores com contrato mínimo que renderam muito além do que estavam sendo pagos, nos anos recentes. Vale a aposta.
Correndo por fora
Os rookies adicionados através do último draft (ou a UDFA) terão muita concorrência para terem chance no time principal este ano. A não ser por lesões, ou questões pontuais de descanso, devem pouco figurar nas rotações.
Jalen Hood-Schifino, principal nome e escolha mais alta do Lakers, o armador boy do @BAMBAM tem um jogo tradicional de armador e ainda assim moderno. Se tivesse mais arremesso talvez fosse mais fácil plugar no time principal, mas se - com rotina de treinamentos da NBA - adquirir mais força e conseguir se manter defensivamente em quadra, já vimos que ele se adapta ao ritmo de jogo rapidamente. Como D'lo vira e mexe perde jogos por lesão, não é difícil imaginar Darvin Ham testando o garoto este ano.
Maxwell Lewis, seja talvez o mais cru deles, o jovem ala-armador mostra muito potencial - para mais informações leiam o post do draft - mas seu físico requer mais tempo que JHS, por exemplo, e sua posição está com uma fila maior. Deve passar o tempo todo na G-League, mas de novo, nunca sabemos o que as lesões podem causar a um time.
D'Moi Hodge, é o mais pronto dos três, Hodge é um excelente arremessador, como vimos na Summer League, o reflexo dos 40% de 3-PT FG (em 7 tentativas por jogo) na faculdade. É fácil de plugar em qualquer time, e não compromete tanto na defesa. A impressão é de que a comissão vai adorar seu jogo e, apesar de outros nomes à frente na posição SG, não está tão longe de aparecer relacionado para os jogos.
E pra vocês, quem são os titulares e reservas? Mais alguém corre por fora?
Deixem nos comentários, seus LABrrêro.
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