Continuando a série, para a surpresa do @BAMBAM, hoje falaremos dos alas.
Small Forward e Power Forward (porque todo mundo joga nas duas)
O maior SF de todos os tempos joga no Lakers, mas já se foi o tempo em que LeBron podia dominar sendo o híbrido de melhor point guard da liga que disseca times indo ao garrafão, ataque após ataque. Aliás, das cinco temporadas desde sua chegada no Lakers, em apenas em uma delas (a primeira) SF foi a posição em que mais jogou.
https://www.basketball-reference.com/players/j/jamesle01.html |
O Lakers focou em dividir o fardo da armação e início de jogadas logo depois da temporada do título, seguindo a tendência desde o famoso pedido por Playmakers, vindo do próprio LeBrão. Focaram de forma exagerada na primeira temporada e comprometeram o rumo da franquia na era Westbrook, mas hoje há um equilíbrio na responsabilidade distribuída entre os armadores D'Angelo Russell, Austin Reaves e Gabe Vincent. O outro aspecto que o time precisava melhorar, para exigir o menos possível do nosso #23 durante a temporada regular, são alas que defendam, briguem na tábua defensiva, espacem a quadra, absorvam parte da responsabilidade de pontuar e possam brigar contra o melhor ala (ou jogador de perímetro) adversário, quando necessário. Em continuação ao trabalho feito na última deadline, Rob Pelinka parece ter tido êxito também nisto.
Não foi surpresa para este escritor que Jarred Vanderbilt foi a adição que mais causou impacto imediato na deadline. Não por ser o melhor jogador, mas pelo perfil e habilidades que entregam o que o time mais precisava: tamanho, defesa e disposição. Foi complemento ideal para as estrelas e as novas armas ofensivas do elenco. Seu impacto na regular foi inquestionável, e em pontos dos Playoffs, confirmou sua importância, principalmente na primeira rodada. Suas deficiências ofensivas e empregá-lo para correr e desviar de screens, para caçar Curry e Murray, mostram a realidade de seu jogo e potencial. Melhorar seu aproveitamento e confiança para arremessar mais (31% em 1.1 tentativas pra 3-PT na última temporada), ser uma ameaça neste aspecto, ajudaria muito, assim como utilizá-lo mais com a bola nas mãos, principalmente para tirá-lo do garrafão (dunker spot), abrindo espaços para LeBron e AD, podem ajudar. É confiar que a comissão técnica consiga otimizá-lo no ataque, pois o que entrega no lado defensivo, ainda mais quando os armadores titulares são os atuais, são muito importantes ao funcionamento do time, ainda que na segunda unidade, ele pudesse se beneficiar pelo número de arremessadores.
A maior surpresa durante os Playoffs foi o nosso japonês Rui Hachimura. Não é um jogador perfeito para qualquer série e matchup, mas se mostrou um jogador que impacta na maioria dos jogos: ala alto e forte, que pontua dentro e fora do garrafão, briga com alas mais fortes e não tão velozes e pode trombar com bigs durante alguns minutos. Sua envergadura, altura e força - apesar de que parece ter emagrecido na off-season - permitem que ele seja um dos bigs, junto ao LeBron, sem comprometer tanto a defesa de garrafão. Não a toa, fez parte de formação que fechou a maioria dos jogos nos Playoffs, conquistando sua merecida renovação. Sempre se espera evolução de um jovem - ball handling, passe e pouco mais de agilidade lateral, no caso do Rui, ajudariam - ainda mais treinando com Phil Handy, no entanto, talvez o que o time titular, como é concebido atualmente, careça mais de outras habilidades. Por enquanto, é bom contar com o jogador com maior percentual em arremessos de 3-pt na história dos Playoffs.
https://www.basketball-reference.com/leaders/fg3_pct_career_p.html |
A sensação de pensar "opa, esse jogador seria muito útil na rotação do Lakers" e, de repente, ver o Tweet de que o Lakers fez um movimento coerente e o contratou, tem sido uma grata surpresa recente. Vai ver é o trauma Westbrook.
Assim foi com Taurean Prince. O veterano entrando em seu oitavo ano na liga, obviamente se destaca pelo seu arremesso de 3-pt (37.2% na carreira e 38% na última temporada), sendo que converteu 44% dos arremessos de 3-pt da zona morta, na última temporada, número animador para este time atual. Apesar de que a sina do Lakers parece recair sobre todo shooter que vesta a Purple and Gold, Prince, ao contrário do também ex-Wolves, Maluko Beasley, não arremessa qualquer bola que recebe, independente da circunstância:
https://www.nba.com/stats/player/1627752/shots-dash |
Ele poderia estar no post de Guards ou Bigs sem problema algum, mas como deve ser nosso PF titular, LeBron James vem neste texto. Falar do jogo dele é desnecessário, todo mundo o conhece, mas é importante mencionar que, para continuar sendo a Superestrela, All-NBA, que ainda é um dos melhores jogadores da liga, LeBrão James precisa atuar cada vez mais dentro da área pintada, do que propriamente armando o time convencionalmente. O produto disso
Por mais que a última temporada tenha sido ruim no quesito 3-pt % (32%, quinta pior marca na carreira), talvez pelas lesões e cansaço nas pernas, o problema foi o grande volume de tentativas - 7 por jogo. Enquanto grande parte da responsabilidade de o time estagnar, principalmente em finais de jogos apertados, ser da comissão técnica, seria mais sábio da parte do jogador não driblar 12 segundos de posse e forçar um stepback de 3 pontos.
Não é novidade, mas vejam quão eficiente ele é dentro da área pintada.
https://www.nba.com/stats/player/2544/rebounds-dash |
E vocês, acham que Vanderbilt mantém a vaga de titular, ou está na hora de mudanças?
Deixem nos comentários, seus LABrrero!
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